Reconhecimento
Reconheço-me na inconstância das sombras
suspiros débeis na ventania
dor lancinante que não mais soluça
as cinzas desta linguagem fria.
Reconheço-me no hálito azul
útero grávido no brilho dos dias
regalo rompendo estrelas
revelando cintilantes alegrias.
Reconheço-me nas melodias em tom menor
raízes em olhares latentes
acordes florescidos de esperas
na solidão dos amores, presentes.
Reconheço-me nas palavras indomáveis
que na primavera evocam flores
nos horizontes singrados de ocasos
corpo de luz aberto em cores.
Reconheço-me na nudez das entrelinhas
onde verseja a inocência
na branda e despudorada verdade
que na linha desconhece analogia.
Reconheço-me no eco calcinado
no sossego de um grito perdido
sou desejo em vôo alçado
pela força da pedra, vencido.
Denise Reis
suspiros débeis na ventania
dor lancinante que não mais soluça
as cinzas desta linguagem fria.
Reconheço-me no hálito azul
útero grávido no brilho dos dias
regalo rompendo estrelas
revelando cintilantes alegrias.
Reconheço-me nas melodias em tom menor
raízes em olhares latentes
acordes florescidos de esperas
na solidão dos amores, presentes.
Reconheço-me nas palavras indomáveis
que na primavera evocam flores
nos horizontes singrados de ocasos
corpo de luz aberto em cores.
Reconheço-me na nudez das entrelinhas
onde verseja a inocência
na branda e despudorada verdade
que na linha desconhece analogia.
Reconheço-me no eco calcinado
no sossego de um grito perdido
sou desejo em vôo alçado
pela força da pedra, vencido.
Denise Reis
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