
Foi ali na soleira dos teus olhos
que debrucei a esperança dos meus
e ficamos a contemplar mistérios
que pousavam timidamente entre uma felicidade e outra...
O contentamento, mais que asa
eram céu e voo, alçando sorrisos primaveris.
Foi ali ao beber tua alegria que descobri:
todas as estradas são retas e florescem tempo
quando não se tem medo de morrer.
E o que é morrer, senão viver completamente?
Foi ali num abraço demorado
que as palavras se aquietaram e disseram adeus
num aceno de culpa e saudade,
numa promessa de infinito e silêncio.
Denise Reis
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