sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ato Final



I



No ultimo dia de minha vida

haverá um sorriso malsinado

atapetando-me a face

transito de alegrias fenecidas

e queixumes mazelados.



No olhar, um quintal de sílabas

com expressões ausentes

cristais exaustos de tempo

sem brilho suficiente.



As mãos convalescerão no colo

como duas rimas mortas

brancas, cálidas e frias...

livres de qualquer dizer.



II



Na alma, a embriagues do inverno

céu encoberto de lembranças

desapropriando enganos eternos.



III

No ultimo dia de minha vida

terei o perfume simplificado das palavras

em magias florescidas

o mais continuará nos poemas
em ilusões desmedidas...

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