A poesia é a plenitude de tudo: do visível, do invisível, do intuitivo, do atemporal... É um enigma, um elo que une 2 realidades . É a criação pura do espirito, é a consciência da essência de todos os seres e coisas. A poesia é um instrumento de deleite e comoção, no sentido de conhecer, explorar e dignificar a si mesmo e todos os seres e coisas que nos rodeiam.
Não tenho uma base teórica, nem um determinado processo criativo , se é que existe um; as teorias tolhem , censuram o fazer poético . É clara a necessidade de não esquecer alguns princípios ( imagem, sonoridade, ritmo...) quanto mais recursos o poeta dominar maior será sua liberdade criativa.
Para o poeta a poesia é quase uma confissão de que para ele a vida não basta.O poeta precisa do imensurável , ele cria seres e coisas com os que já existem , em estado de poesia. Esta necessidade o exalta e o aniquila ao mesmo tempo, por ele ser múltiplo em si mesmo.
O que move o poeta não é a sua própria emoção mas o que resulta dela , o que chamamos inspiração e transpiração.
Acredito que a poesia seja uma espécie de antídoto para as emoções reacionais do poeta.
Sem pretensão , afirmo que papel do poeta é elevar a humanidade acima da verdade da ciência. O poeta é um ingênuo que desconhece os limites do impossível , ultrapassando assim as fronteiras da vida, da morte e do absurdo.
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